Café Pensante: OAB-PB promove debate sobre a situação das mulheres em cárcere

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), por meio da Comissão de Direitos Humanos, realizou nesta quarta-feira (data a inserir) mais uma edição do Café Pensante, com o tema “Mulheres em Cárcere”. O encontro reuniu especialistas, advogadas, pesquisadoras e representantes de comissões temáticas para discutir os desafios enfrentados por mulheres privadas de liberdade e as perspectivas para a garantia de seus direitos fundamentais.

O evento foi conduzido pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PB, Agnes Pauli, e contou com a presença da presidente da Comissão de Combate ao Racismo e Discriminação Racial da OAB-PB, de Jéssica Souza; do vice-presidente da Subseção da OAB do Vale do Mamanguape, Tawã Teixeira; e da advogada Ana Cristina Estrela, do Conselho Estadual de Direitos Humanos.

Durante o debate, as participantes destacaram a importância de uma abordagem interseccional que considere gênero, raça e classe social na análise da situação das mulheres encarceradas, muitas delas vítimas de um sistema penal seletivo e de políticas públicas insuficientes.

De acordo com Agnes Pauli, o evento reflete o compromisso da OAB-PB com a promoção dos direitos humanos e o debate de temas sensíveis à sociedade. “É essencial dar visibilidade às mulheres que estão no sistema prisional e discutir caminhos para uma justiça mais humana e inclusiva. O Café Pensante cumpre esse papel de diálogo e reflexão coletiva”, destacou.

O Café Pensante contou com as palestras de renomadas pesquisadoras e especialistas na área, a exemplo de Anna Paula Batista dos Santos, doutora em Sociologia pela UFPB; Ana Carolina de Araújo Rocha, mestranda em Direitos Humanos pela UFPB; Kadydja Menezes da Rocha Barreto, doutoranda em Educação pela UFPB; Anne Kelly Barbosa da Silva, mestra em Direitos Humanos; e Renata Monteiro, professora e doutora pela UFPB.

As palestrantes abordaram temas como a precarização das condições nos presídios femininos, o impacto da maternidade no contexto prisional, o estigma social enfrentado pelas mulheres e a necessidade de políticas públicas voltadas à ressocialização e reintegração social.