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Rumo à disrupção

Por Priscilla Maciel e Laryssa Almeida

Com mais de 1.600 Cursos de Direito em território nacional, mais do que a soma de todos os Cursos de Direito do mundo, o sucesso na advocacia é privilégio de descendentes de “oligarquias” que ultrapassam gerações ou adoradores persistentes de uma profissão que, em regra, fica em terceiro ou quarto plano entre as escolhas dos graduados em Direito. A previsão é que mantendo o crescimento quantitativo atual, em 2032 o Brasil chegue ao recorde de 2 milhões de advogados.

Sem espaço para todo mundo, se a mentalidade continuar a ser o “trivial” os Cursos de Direito se tornarão fábricas de desempregados ou de “concurseiros” encalhados e frustrados com a profissão. Este cenário estimulou a atual gestão da OAB/PB a buscar alternativas que pudessem auxiliar a inserção estruturada dos futuros e novos advogados, além do aperfeiçoamento dos causídicos militantes veteranos no mercado da advocacia.

Para a surpresa dos juristas a solução estava na temida inovação. Uma profissão secular e conservadora foi instada a ultrapassar a sua “zona de conforto” e buscar trilhar caminhos de parcerias, bem como desenvolver soluções com o universo não-jurista. Apesar da “longa” estrada, foi preciso se reconhecer um “neófito necessitado” de uma incubação para sair do estado de paralisia embrionária, e se adequar ao dinamismo de um mercado em constante transformação.

Diante desse cenário, se valendo da Lei de Inovação brasileira, Lei nº 10.973/04, que define as incubadoras como “organização ou estrutura que objetiva estimular ou prestar apoio logístico, gerencial e tecnológico ao empreendedorismo inovador e intensivo em conhecimento, com o objetivo de facilitar a criação e o desenvolvimento de empresas que tenham como diferencial a realização de atividades voltadas à inovação”, a OAB/PB entra em definitivo nesse ecossistema para acompanhar o cenário de progressão exponencial dos negócios.

Já era em tempo a criação de um ambiente voltado para auxiliar a advocacia, de forma módica e democrática, a organizar a sua atividade de modo que as torne cada vez mais competitiva e atrativa. Denominada INCUBALAW, a incubadora de escritórios e startups, é uma iniciativa disruptiva da OAB/PB em parceria com a Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande que resignifica a atuação da Ordem a tornando o centro da inovação no Direito.

O advogado e o estagiário regularmente inscrito na OAB serão submetidos a um plano de incubação que entregará ao incubado, ao final de 12 semanas, o seu plano de negócios, ferramentas para gestão do seu negócio, critérios de precificação de demandas, noções de contabilidade e finanças, imersões em escritórios de advocacia, práticas de advocacia internacional, passo a passo para estruturação de startups, relatos de experiências por nicho de atuação, temas que ligam Direito e as novas tecnologias, além de cursos de prática jurídica. Tudo em um formato online e com certificação pela Escola Superior de Advocacia da Paraíba e a Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande.

A missão do INCUBALAW é dar uma visão empresarial ao jurista, o colocando em um ecossistema multidisciplinar e inovador, que contempla qualificação, network e grandes oportunidades. É a chance de uma virada estruturada do mercado jurídico que hoje respira por aparelhos! Participe desta transformação.

O lançamento da INCUBALAW será nesta quinta-feira, primeiro de agosto, dando início as comemorações do mês do jurista, no Auditório do TCE, a partir das 18h. É um presente para advocacia!!!

Advogada. Coordenadora de Incubação e Negócios da ENA. Presidente da INCUBALaw. Diretora Pedagógica da ESA/PB.

*Advogada. Diretora-Tesoureira da OAB/PB, gestão 2019-2020; e Coordenadora de Gestão e Empreendedorismo da ENA na Região Nordeste.

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