O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Paulo Maia, está participando do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, realizado em Campo Grande, Capital do Mato Grosso do Sul.
De acordo com Paulo Maia, no Colégio os presidentes de Seccionais estão debatendo “assuntos como mudanças no Exame de Ordem, registro simplificado da sociedade de advogados, publicidade da advocacia, entre outros temas. “São temas que afetam toda a advocacia nacional”, destacou Paulo Maia.
A abertura do evento aconteceu nessa quinta-feira (14) e foi feita pelo presidente da OAB Nacional, Cláudio Lamachia. Além de todos os presidentes de Seccionais, o evento reúne toda a diretoria da OAB Nacional, conselheiros federais e seccionais de Mato Grosso do Sul. Fortes discursos sobre o momento político do País marcaram a solenidade de abertura. “A criminalização da política não nos interessa, mas sim o da depuração do atual quadro político”, bradou.
“Muitos dizem que a crise que estamos vivendo é econômica e política, mas tenho dito que é de natureza moral e ética. A OAB tem sido chamada como nunca ao debate público e político. Tenho um ano e meio de gestão e antes mesmo deste período completar-se, já havíamos enfrentado o pedido de cassação do todo-poderoso Eduardo Cunha e dois pedidos de impeachment. Fomos também ao Senado e ao STF pedir afastamento e cassação de Delcídio do Amaral, além de requerermos o fim do sigilo de delações cruciais para a República. Ao longo de tudo isso, a OAB tem aplicado um princípio: seu partido é o Brasil e sua ideologia é a Constituição Federal”, disse.
Lamachia afirmou também que, para a entidade, moral não tem lado, mas sim princípios. “É imperativo defender uma justiça que não seja de esquerda ou direita, mas nos termos da lei. Por isso que ao longo da história confundem-se as histórias da OAB e da própria democracia brasileira”, completou.
Outros pronunciamentos
Homero Mafra, presidente da OAB-ES e coordenador do Colégio, destacou o protagonismo da Ordem. “Nosso colega e líder Claudio Lamachia tem o apoio de todos os presidentes de Seccionais e da advocacia brasileira por não se curvar diante dos escândalos que assombram a nação. A profunda crise ética pela qual passa o País chama advogadas e advogados a serem a voz contramajoritária nesses tempos escabrosos. Queremos sim o combate à corrupção e o desmonte dos que se agarram aos aparelhos do Estado por benefícios próprios, mas com irrestrito respeito às garantias constitucionais. Nada justifica juízos de exceção e o descumprimento das normas de garantia”, disse Mafra.
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