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OAB-PB participa da terceira edição do projeto Emprega Margaridas



A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Rafaella Brandão, e a integrante da Comissão de Combate ao Racismo da OAB-PB, Carla Uedler, participaram, na manhã dessa quarta-feira (19), da terceira edição do projeto Emprega Margaridas, realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região).


Na oportunidade, o Tribunal Pleno foi ocupado por cerca de 100 meninas negras, oriundas de comunidades quilombolas de Mituaçu, Ipiranga e Gurugi, em Conde, e Paratibe, em João Pessoa, além dos bairros Muçumagro e Alto do Mateus, da capital paraibana


O programa de formação de lideranças femininas desenvolvido pelo TRT-13 tem como objetivo apresentar uma série de oficinas, palestras e capacitações voltadas a jovens de 16 a 24 anos, auxiliando no processo de inserção delas no mercado de trabalho. Na abertura, o presidente do TRT-13, Thiago Andrade, fez uma apresentação das funções básicas do tribunal, mas ressaltou o protagonismo das participantes do projeto.


“Vocês estarem aqui hoje não é um favor, vocês têm o direito de estarem aqui, de sentar nestas cadeiras. O Emprega Margaridas é um programa de empregabilidade, mas que vai muito além disso, pois serve para que vocês entendam seus próprios direitos, a ter ferramentas para entrar no mercado de trabalho. Entender que vocês podem e devem cobrar ao presidente deste tribunal, à OAB e a todos os órgãos responsáveis por garantirem seus direitos e colocá-los em prática”, enfatizou.



A programação deste primeiro dia está conectada diretamente com isso, ao proporcionar reflexões importantes para as jovens. A advogada Carla Uedler apresentou a palestra “Direito das Mulheres e o Racismo Estrutural”, onde faz um retrospecto desde o período pré-abolicionista até os dias atuais, evidenciando os reflexões que a escravidão deixa nas instituições.


Para ela, o Emprega Margaridas é um movimento necessário. “Com essas informações que elas tiveram acesso hoje, vai ser possível diferenciar um assédio moral de um ataque racista, coisas que ainda estão presentes nas empresas e nas instituições de uma maneira geral. Precisamos que essas meninas, para além de serem inseridas no mercado de trabalho, consigam lidar com questões pertinentes à sua própria origem, sua própria ancestralidade”, destacou.



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