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Subseção da OAB de Pombal e Comunidades Quilombolas celebram dia Internacional da Mulher Negra


A Subseção da OAB de Pombal, através da Comissão de Combate ao Racismo e a Discriminação Racial, e em parceria com as comunidades quilombolas: Os Barbosa, Os Daniel e Os Rufino, realizou, no último sábado (29), o sarau cultural: “Nossa Arte Negra 2ª Edição - Cantos de Empoderamento da Mulher Negra dos Quilombos de Pombal".


O evento, em alusão ao dia internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha ocorreu na Comunidade Quilombola os Barbosa.


No dia 25 de julho é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, data sancionada pela Lei nº 12.987/2014. Tereza de Benguela foi uma líder do quilombo Quariterê e viveu no século XVIII. Depois da morte do companheiro José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo e através de sua liderança resistiram à escravidão por duas décadas.


A presidente da Subseção de Pombal, Mayara Wanderley; a tesoureira, Quézia Dantas; e o secretário-geral, Jordão Martins, participaram do Sarau. Houve, ainda, participação dos líderes das três comunidades quilombolas, Os Barbosa, representados pela presidente Maria de Fátima, Os Daniel, pelo Grupo de Dança Afro coordenado por Priscila, e os Rufino, representados pelo presidente Thiago Rufino. O sarau foi comandado pelas advogadas Vivian Mattos e Talita Franklin, que compõem a Comissão de Combate ao Racismo e Discriminação Racial da Subseção.



Também houve grande contribuição do advogado Dhebson Murilo, presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Subseção de Catolé do Rocha e o do articulador da Coordenação Estadual dos Quilombos da Paraíba (CEQNEQ), José Amaro.


Para a presidente da Comissão de Combate ao Racismo e Discriminação Racial, Jackelyne Oliveira, "foi um momento engrandecedor para a causa, em que a representatividade foi fundamental para que cada história fosse única". "Contamos com a apresentação do Grupo de Dança Afro e da Capoeira, bem como com relatos das mulheres das comunidades que demonstraram sentir orgulho de pertencimento e de consciência de raça. É cada vez mais importante que tenhamos dentro dos Quilombos, através da oralidade, a transmissão de uma identidade que construa visões de mundo mais amplas e realistas", afirmou.



Jackelyne Oliveira ressalta que durante toda a organização do evento o foco era abandonar as formalidades e proporcionar um ambiente confortável para que cada pessoa ali presente pudesse vir ao microfone contar sua história e expressar seu verdadeiro eu. "As nossas memórias são imortais, imperecíveis e precisas. Nos dão alegria e perspectiva em tempos difíceis, assim como podem nos sufocar se decidirmos viver sob a percepção limitada das outras pessoas. Somos maiores que as expectativas do mundo", declarou.


"A Comissão agradece a presença de todos e todas as colaborações que ajudaram a construir o sarau, reforçando ainda seu compromisso em permanecer lutando contra o racismo e engrandecendo vozes negras", acrescentou Jackelyne Oliveira.

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