
A Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), o Fórum Diversidade Religiosa - Paraíba, Associação Religiosa Sobô Nirê Mafá, Fórum Paraibano de Promoção da Igualdade Racial, Instituto de Desenvolvimento Social e Cultural Omidewá e a Associação Paraibana dos Portadores de Anemias Hereditárias, participam da força tarefa criada para ajudar e fiscalizar as ações acerca dos assassinatos do Pai Johnny de Siriáco e de Mãe Alyne Vieira ocorridas no último dia 14 de novembro.
No último dia 18 de novembro, foi protocolado junto ao gabinete do Governador do Estado da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho, ofício para realização de audiência para tratar sobre os andamentos da investigação do crime e de ações práticas acerca do combate à violência e intolerância religiosa crescente no estado em seus municípios.
Na foto acima, a secretária do gabinete recebe o ofício das mãos do advogado José Tarcísio Feitosa, vice presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-PB representando a força tarefa.
Relembre o caso:

É com profundo pesar que a Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-PB noticia o falecimento dos sacerdotes da Jurema Sagrada, o casal Johnny de Siríaco e, de sua esposa, a Alyne. Os sacerdotes foram covardemente assassinados durante uma emboscada nas imediações de Caaporã. Militantes contra a intolerância religiosa que alastra-se pelo nosso estado, ambos estiveram na vanguarda da apuração dos fatos recentes ocorridos em Alhandra.
Ambos, filhos do Sacerdote Siríaco, um dos mais antigos Juremeiros vivos da cidade de Alhandra. O casal de sacerdotes lutaram pela liberdade e diversidade religiosa até seus últimos dias. O Juremeiro Johnny Siríaco foi um dos membros do Fórum Diversidade Religiosa-PB, no qual estava implantando uma seccional em Caaporã, onde veio a falecer, e sempre representou a Jurema Sagrada, junto aos eventos pelo Respeito à Diversidade Religiosa, trazendo luz, construindo pontes e lutando contra o preconceito e a intolerância religiosa.
A OAB-PB, por intermédio de sua Comissão de Direito e Liberdade Religiosa, tem trabalhado incessantemente pela proteção do direito divino de crer naquilo que o seu coração tem como sagrado, princípio consectário do próprio livre arbítrio que nos é dado ao nascer. Independente da religião ser majoritária ou minoritária em nosso território, a pluralidade sempre foi uma característica do povo brasileiro e, em especial, o paraibano, em cujo estado abriga mais de 35 denominações religiosas.
A apuração do crime e a punição de seus responsáveis, materiais e intelectuais, é imperativa; porém, todas as instituições vinculadas a promoção da justiça, quais sejam, o Governo do Estado, as Polícias Civil e Militar, representadas pela Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social, o Ministério Público, a Defensoria Pública do Estado, o Tribunal de Justiça, estejam manifestamente comprometidas com o valor inalienável da liberdade de crença e que não permitam contra este nenhuma diminuição, sob pena de reduzir o próprio direito individual.